ARTIGO | Tudo o que é em excesso faz mal

Dr. Ramon Venzon Ferreira – Ortopedista e Traumatologista

Ramon Venzon Ferreira – crédito Rafael Sartor

 Esforços repetitivos podem causar lesões no cotovelo. A epicondilite lateral, também chamada de “cotovelo de tenista”, provoca dor na região lateral do cotovelo e não se restringe apenas a quem pratica esportes. Qualquer indivíduo que execute movimentos repetitivos com punho e mantenha seus dedos estendidos por muito tempo poderá adquirir a patologia.

Os músculos que fazem a extensão do punho e dos dedos têm origem na parte lateral do cotovelo, em uma proeminência óssea chamada epicôndilo lateral, na porção inferior do úmero. É o local onde eles se iniciam e se conectam por meio de seus tendões.

Quando ocorre uma sobrecarga excessiva dessa região pode ser iniciada uma sequência inflamatória. Esse sintoma pode ser a causa das tendinites, muito comuns no antebraço, mas que têm um diagnóstico diferente da epicondilite, em que há uma degeneração das fibras de colágeno dos tendões. A epicondilite lateral expõe ainda outros sintomas, tais como dificuldade para segurar objetos, dor que se irradia da parte externa do cotovelo para o antebraço e costas das mãos, fraqueza, rigidez muscular e sensibilidade.

Uma postura durante atividades no computador, apoio completo do antebraço na mesa e o uso de suportes para teclado e mouse – em que o punho permanece lateralizado – são recomendados para prevenção da epicondilite lateral. Pausas periódicas durante essas atividades, associadas a alongamentos, são métodos úteis tanto para a prevenção quanto para o tratamento. Para os praticantes de tênis, a melhora do gesto esportivo é a mais eficaz. Uma das causas da inflamação nos tenistas é o movimento de “backhand” com uso excessivo do punho para aumentar a potência ou para gerar efeito. A troca do encordoamento da raquete e do “grip” também são medidas possíveis.

Por fim, existe cura para essa alteração patológica do corpo comum na faixa etária entre 35 e 55 anos de idade. O tratamento pode envolver desde repouso, imobilização do membro, uso de medicamentos, fisioterapia, método por ondas de choque, infiltração com corticoides, até intervenções cirúrgicas. Para o melhor diagnóstico, consulte um ortopedista.

Divulgação Sabe Caxias:

 

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