Artigo // Dermatite atópica, uma doença do inverno / Médica dermatologista Cristiane Knob Horbach

Cristiane Knob Horbach – foto Fabio Grison

Com a chegada do inverno, nossos hábitos de vida mudam e com eles ocorrem transformações na nossa pele. As temperaturas mais baixas e os banhos mais quentes acabam agredindo nossa epiderme, deixando-a mais ressecada e com tendência a dermatites. Sabemos que a estação mais fria do ano é o momento onde as alergias se manifestam com mais frequência, e isso não é diferente na pele aonde a dermatite atópica, sua principal representante se manifesta. No consultório recebemos diversos clientes desesperados com as lesões que esse tipo de doença pode causar. A dermatite atópica acomete principalmente crianças entre 0 e 10 anos de idade, sendo uma doença desgastante e angustiante por sua característica de ter múltiplas recidivas. As lesões se manifestam principalmente por áreas avermelhadas, descamativas com muita coceira em áreas de dobras. O diagnóstico dessa condição é realizado normalmente pelo pediatra, mas o acompanhamento é feito pelo médico dermatologista. O tratamento se baseia em acalmar os pais e esclarecer que essa é uma doença que tem tratamento, mas precisa de muito empenho de todos para garantir o sucesso do mesmo. Utilizamos cremes para tratamento das lesões e orientações para cuidados diários como diminuição da temperatura do banho e tempo de banho, troca do sabonete para os mais neutros e hidratantes, utilização de sabão neutro para a lavagem das roupas e o principal de todos os cuidados: utilização de hidratantes específicos para essa condição, os quais conseguem repor as ceramidas não produzidas pela pele ressecada. Com o passar dos anos a dermatite atópica acaba regredido, chegando até a uma cura total em função do amadurecimento do sistema imunológico e pela produção de oleosidade natural com a chegada da adolescência.

Médica dermatologista Cristiane Knob Horbach

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