Ali Babaca e os 40 Mínions num acesso de fúria contra o Supremo Bizarro…por Miguel Brambilla

Ali Babaca e os 40 Mínions num acesso de fúria contra o Supremo Bizarro…

Não procure lógica nesta fábula tupiniquim que distorce a realidade, como se este enfadado autor estivesse chapado de LSD, como os roqueiros loucos dos anos 60. Poderia escrever “Alice no País das Maravilhas”, mas isso se não me engano já foi escrito por alguém mais louco do que eu que entre cafeína e chá de hortelã, passo os dias confinado em meu reduto doméstico, lavando louça, pensando em tomar estricnina e orando, por que sou bipolar, já me disseram isso.

Ando cansado com a política nacional, mas parece que muitos não estão. Da marcha da hipocrisia ao reduto do indulto geral, é um tal de salve-se quem puder na organização dos poderes, que cada decisão tomada parece realmente que estou doidão, como Salvador Dali.

Tudo está distorcido e com convicção o que é mais incrível. Ninguém mais quer saber de aproximar algum tipo de razão convergente para a construção de uma coletividade nacional, em nome do bem geral da nação. Ou você é anjo ou é demônio, num país que reza de maneira cega, em templos vazios ou para charlatães estupradores que em nome da fé, se dizem profetas, abençoados e não passam de usurpadores da inocência preguiçosa de quem não quer tirar tempo para pensar minimamente em qualquer coisa.

Os brasileiros só querem conceitos prontos. Frases de whatsapp, receitas de cloroquina com bolo para se tomar com cuscuz no café da tarde. Apostam os aloprados na imunidade nacional, como algo empírico. Se eu te amo estou imune e se não sou gay, vou pegar o vírus pela cola e dar um trava sei lá o que nele, por que nada nesse país faz sentido. Quem sabe fará um dia.

Acho que como cidadão, deveria pedir aos tribunais, sejam eles quais forem, por que um anula o outro e tudo cai num buraco negro de deuses do olimpo do multiverso, onde os anti-heróis não apregoam coerência, minha tornozeleira eletrônica prévia,  pelos crimes que eu possa vir a cometer no futuro, dependendo do juiz que estiver no seu “lugar de fala”.

Na era do divórcio geral da nação, filhos já não são filhos, são carrascos da ironia, escondendo-se na desordem de si mesmos pela disputa espúria do pátrio poder. Mas como já disse Roger Moreira, tem muito rebelde sem causa por aí, por que bem pior que o divórcio é uma casa sem amor. Conheci na vida muito casamento com bodas de brilhante, bodas de plutônio, deve ter casamento até de “vibraniun”, *vide a saga dos vingadorea;  arranjados para nunca mais acabar, para durar a empresa da família, enquanto escorrem pelos corredores dos luxuosos motéis internacionais, o esperma adultero no gozo escondido das luxuosas prostitutas que ainda fazem jus as velhas messalinas da antiga Roma. Tudo em nome da boa família.

Quero dormir mas não consigo, quero acordar e desisto, mas estou aqui, como você brasileiro tolo e não tenho para onde correr.

Ao cruzar o Rubicon, no seu jegue “Cloroquiniun”, sem denunciar a própria patifaria, ouve estremecimento no fundo das celas da “Curitibália”, odiada pela “Liga da Justiça do mundo Bizarro”, por que é claro, ninguém pode brilhar mais do que os sóis da vaidade intelectual e na verdade, na Brasiléia, autoritarismo se paga com revanche.

Já que sigo confinado pela pandemia, morrendo de medo de morrer contaminado, como Gotham City revista nos seus apoteóticos momentos do Comissário Jim Gordon, vejo que temendo o ataque do Capitão Cloroquina, o Doutor Facão do Mundo Bizarro, resolveu depois de sete anos, num ataque de pânico venezuelanístico gerado pela pirateia que segue o aloprado como gado, soltar e inocentar, ou fazer de conta que sim, já que ninguém sabe nada mesmo, nem mesmo os doutores da lei, o velho Ali Babaca. Os quatrocentos picaretas que ele já anunciou existirem num lugar chamado parlamento, que é só papo furado mesmo, constantemente substituídos por outros, pouco se manifestam nesta direção. Estão discutindo quem sabe o tamanho do pinto do Alexandre Foda…ops…Frota. Sem máscara e sem preservativo, por que se a cara colar no rosto de alguns, vai arrancar inclusive a pele.

Estou delirante de tanto chá de hortelã com cafeína, e entre Netflix, Disney Channel e o Jornal Nacional, ao som de Led Zeppelin, muito mais pirados e talentosos do que eu já desejei ser, gostaria de dizer que ainda não sei para onde correr.

Ali Babaca já não está com seu exército mensaleiro em ação. Todos correram do navio para o porto assim que o barco afundou e os que não foram enjaulados para virarem iscas de empresários corruptos, foram comidos por gordos gatos do sistema em esquemas distorcidos de trairagem premiada para uns e heroísmo tardio para outros. Tudo em nome da renúncia nacional, não a renúncia fiscal, a renúncia moral mesmo.

Os 40 mínions que fazem parte deste teatro alicinesco, daqueles neologismos terríveis, mas é a do país das maravilhas mesmo, se uniram para tentar trazer mais merda para a frente dos teatros, representando o sucesso de sua polarização, no caso para muitos espectadores entediados como eu, malandro x malandro, ladrão x ladrão, enganador x enganador, e como o próprio Coringa da série da Netiflix, o perturbado Jeromaia, lutando contra o bom e velho Pinguim ou o Cobblepot que entre canibalismos, assaltos, hospícios, assassinatos, estava sempre manipulando a opinião pública e chegou a virar prefeito da sombria cidade.

O Ali Babaca influenciou os russos; o Capitão Cloroquina mandou se foder. O Ali Babaca nem tem casa nem sítio, é o Robbin Hood alcoólatra, que acha que lugar de mulher é na cozinha com a barriga no fogão, esperando o javali.

Os 40 mínions são iguais aos sacis de patinete que só tem a perna esquerda e não conseguem amarrar o sapato do outro pé.

Ali Babaca e Capitão Cloroquina são dois icônicos heroetes nacionais que rolando juntos na lama do poder, parecem os porquinhos Cícero e Heitor, esperando o golden shower do Prático. Nome bonito para inglês ver, como “corona vaucher”, mas é só mijo na cara mesmo.

Sinceramente, ambos os extremos desta nação sem cultura, se merecem. Não temos filmes, não temos livros, não temos peças de teatro. Nosso último movimento cultural de expressão internacional foi a bossa-nova. Não temos vacina, não temos estabilidade econômica, não temos segurança jurídica, não temos paz.

Enquanto escrevo de madrugada, lembro que da janela lateral, consigo ver um monte de vagabundos jogando sinuca sem máscara as três da tarde de uma segunda feira enquanto espero um país melhor.

Que país? A Anita e sua bunda entende mais de economia do que o hospiciátrico Paulo Guedes que só fica jogando esmola para o povo do alto do palácio. Corona Vaucher, “corona valter” para o povo que pega por desespero, a vontade que deve dar é de enfiar na bunda mesmo, ministro boçal.

Rimos sem dentes, pulamos nas ruas sem calçamento nem esgoto de pés descalços, choramos pelos ídolos milionariamente mortos e o nosso único Hulk é um tal de Huck, narigudo sem noção que pensa que é a loteria federal do miserê nacional. O sonho de todo brasileiro do futuro deve ser a “lata véia” reformada, ou um “apê” revigorado. Ninguém tá nem aí para o formigueiro das favelas, lá quem manda mesmo todo mundo sabe quem é. Nem precisa de rede social, um bilhetinho a beira mar e já resolve.

O Brasil não vai acabar. Os minions todos sabem que buscam o malvado favorito. E tá difícil para escolher. Eu já estou achando que o Tancredo Neves estava empalhado no seu último pronunciamento, que a faca de pão que atingiu o Capitão Cloroquina foi feita pelo Duende Verde e que a única coisa que me lembro agora sobre o Ciro Gomes e  a linha de ônibus local e do meu tempo, São Ciro-Salgado Filho.  São Ciro estará atacando na costura política genial, o Morno, o Ali Babaca e o Capitão Cloroquina ao mesmo tempo numa retórica de fazer “boulos” no estômago, sinto vontade de vomitar.

Sim, mas tem os engomados da biblioteca, os nerds da escola particular, da França a Pelotas, passando por polos, Lacostes e Dórias, buscando espaço na cena do crime nacional, por que o povo que se acomoda de um lado ou de outro desta bandidagem, na verdade, merece o governo que tem, e eu também.

Nem mesmo o Coronel Cintra da velha Patópolis poderá entrar em cena, já que não se pode nem mais acusar o Mancha-Negra, sem um processo de racismo neo libertário, impregnado da boa e velha distorção ética e hipócrita do politicamente incorreto.

Sou fã do politicamente incorreto, por que até filho virou maricas ao tomar pito mais vigoroso, por que só obedece a mamãe. No meu tempo eu chamava o VAR , ia pra cima, chamava a torcida à meu favor, dava uma de Doutor Castor de Andrade, peitava o juiz. Me dava mal, mas todos sabiam o que eu pensava. Não fazia mistério. Paguei caro pela rebeldia muitas vezes e até hoje este preço está sendo parcelado no carma que nem construí, mas que gostam de me acusar pela falta de razão. O que vemos porém na sociedade derretida brasileira, e eu nem sabia que Bauman falava sobre a sociedade líquida, o que muitos podem pensar que é uma nova cerveja e eu pensei que era a teoria dos macacos rhesus, do Charles Darwin e a Evolução das Espécies. Que evolução? Se tivéssemos evoluído tanto, não precisaríamos de quiropraxia.

Estou em tempos de pandemia, com congestão cultural. Tenho tanta informação que minha mente em curto circuito, abre-se como uma explosão noturna em uma caverna escura e uma revoada de morcegos. A desesperança de que haverá ordem neste lugar em curto espaço de tempo tornou-se pífia.

“E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial, e que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social” – Raul Seixas.

Que maravilhosa oportunidade temos para nos tornar ricos altistas, por que pobre vira mendigo louco.

Enfiado num mundo de ilusões entre vídeos, posts, palavras, ideias e expectativas, quando ligo o noticiário só consigo ver o Hampel Stiltskin empilhando moedas de ouro e enganando qualquer otário entediado e desavisado que passasse por ele, que aliás também teve seu reinado.

Ali Babaca é o Thriller nacional. Tem a lábia de um Rasputin hipnotizador de viúvas para ressuscitar das catacumbas do silêncio e dos protestos de rede social a tese de que a China, a Rússia, Cuba, a Venezuela deram certo e são exemplos de paz social e de meta humana a ser atingida.

O Capitão Cloroquina, é o tipo de falso herói com cueca por cima das calças, que tropeça nas meias e ataca de pijama e descabelado, diabéticos com leite moça, enfiando ozônio pela bunda e morrendo de rir das próprias piadas idiotas.

Nem Disney faria melhor com seus vilões. Foram muitos eu me lembro. Mas não precisamos de heróis. Precisamos do chapéu pensador do Professor Pardal quem sabe. Talvez assim, não caiamos em qualquer papo furado em defesa da pureza social. Juro que depois do chapadão dos marajás nos anos noventa, não achava que cometeríamos tantas vezes os mesmos erros. Por sorte, o Morno é um idiota político, mesmo que seja um jurista esperto para se catapultar não à presidência da Brasiléia, mas com certeza alguma vaga no Senado ou em um governo estadual.

Não nos preocupemos com os minions ou os pererês do pé esquerdo, por que esses seguem cegamente qualquer discurso populista na suas rasas compreensões do leque de diversidade intelectual que é possível encontrar num caminho político melhor pavimentado para um futuro pacífico e realmente próspero de qualquer nação. Estes estarão sempre com seus buzinaços contra a pandemia furando a fila das vacinas, ou com suas cartilhas comunistas, acumulando grana no exterior. Já foram revelados como estereótipos de um tipo de eleitor incapaz de colocar as cartas na mesa. Atiram a abóbora no vizinho que os incomoda e saem correndo. Gritam da janela e escorrem as calças no banheiro, por que se cagam antes de abrir a tampa da privada. Não se terá uma revolução na Brasiléia com esse tipo de gente obtusa e covarde.

Um protesto de carrão ignora o mendigo dormindo na Praça da Sé ou na Praça Dante. O mendigo só quer comida e foda-se quem é o presidente. Só quer ter coragem de voltar para casa depois da crise do alcoolismo demente. Mas esse mesmo mendigo, desavisado, vai dar a mão para o Ali Babaca, capaz de chorar lágrimas de crocodilo, ou cocô de elefante, aplaudido por focas amestradas, por que estas custam barato no Brasil.

Nunca mais eu quero vir aqui, por que se continuar assim, como já me sinto morto por isso, vou ter que continuar morrendo aos poucos. Na próxima encarnação quem sabe eu venha um pouco mais burro e mais louco, para realmente não entender nada e dormir tranquilo, de meias e pantufas, tomando o velho chá de hortelã do fundo do meu quintal, elixir para todo mal, esperando a morte chegar pela demência ou pandemia, com pijama e fraldas, carregado pela piedosa esposa que me fita de longe, saudosa dos tempos de gloria do guerreiro, combalido no espelho e vendo apenas a derrota moral, incapaz de ter autoridade se quer com os filhos…

Acho que prefiro ser banido…

Desliga meu respirador…

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