Mais de 500 comerciantes participam da Pesquisa COVID-19

Realizada nesta semana (1º a 02.03), consulta on-line traz um retrato da realidade do comércio varejista não essencial durante a pandemia. 

Como representante legal do comércio, o Sindilojas Caxias promoveu uma pesquisa com mais de 500 comerciantes do segmento varejista não essencial para obter dados e informações que demonstrem o panorama do comércio durante a pandemia da COVID-19. Representando 17% da economia caxiense, o varejo dito “não essencial” tem sido o setor que mais vem enfrentando restrições desde o início da pandemia em um cenário de incertezas diante das responsabilidades com os funcionários e com as obrigações que se acumulam com faturamentos negativos. A pesquisa foi realizada nesta semana (1º a 02.03) e apresentada ao prefeito Adiló Didomenico , nesta quarta-feira (03.03), como uma iniciativa para buscar o apoio do poder público pela flexibilização do atendimento no comércio mesmo em bandeira preta.

No encontro on-line, que contou com a presença também do secretário de Urbanismo de Caxias do Sul, João Uez,  do diretor de Fiscalização da Secretaria de Urbanismo, Rodrigo Lazzarotto, a presidente do Sindilojas Caxias, Idalice Manchini, com a assessoria da gerente executiva Lisandra de Bona, fez a apresentação dos resultados da pesquisa para subsidiar a busca pela flexibilização no atendimento ao cliente para o comércio varejista não essencial: “Nós temos consciência de que o senhor prefeito não é o responsável pelo fechamento do comércio, mas estamos aqui para buscar o seu apoio junto ao governador para construir alternativas para a situação atual”, afirmou. Ela explicou que o Decreto em que o Estado permite o tele-atendimento e tele-entrega limita a atuação do comércio, em especial, do pequeno empresário. Ampliações de atuação como a permissão para drive thru, take away (pegue e leve), escala de horários ou agendamento de atendimento, permissão para pagamento de carnês, limitação de atuação de funcionários e presença de cliente foram sugeridas por ela para que o comerciante possa trabalhar regularmente. Com a pesquisa, ao abrir espaço para ouvir os comerciantes, o Sindilojas Caxias tem a oportunidade de mostrar a realidade vivenciada por cada negócio.

O prefeito Adiló Didomenico reconheceu que o comércio varejista dito “não essencial” tem respeitado todas as medidas estabelecidas pelos protocolos de saúde, mas ressaltou que este é o pior momento vivido na pandemia: “Nós estamos reunindo hoje o Gabinete de Crise porque a velocidade do contágio está ainda maior e precisamos do apoio da sociedade para conter esse colapso na saúde”, disse. Ele também agradeceu a iniciativa do Sindilojas Caxias em buscar o poder público: “O momento é preocupante, precisamos atuar para reduzir o contágio”, finalizou.

No final da reunião, a presidente do Sindilojas Caxias se deslocou até o Centro Administrativo para participar do Gabinete de Crise por convite do prefeito com o objetivo de buscar soluções em conjunto com outras entidades para auxiliar o poder público municipal.

Pesquisa COVID-19 

Na pesquisa, o dado mais alarmante revela que a maioria dos comerciantes (62,8%) afirma que está correndo o risco de fechar as portas se um novo período de fechamento voltar a se prolongar, enquanto 21% vai ter que demitir funcionários, no entanto, o cenário alarmante pode ser atenuado por alguma flexibilização diante do fechamento do comércio. A fatia de comerciantes de moda (vestuário, calçados e acessórios) é a mais representativa entre aqueles que responderam à pesquisa, sendo que 81,6% está localizada no comércio de rua, ou seja, está enquadrada entre os pequenos negócios que não possuem filiais para atuar também em shoppings centers ou centros comerciais.

Quanto aos protocolos que envolvem a prevenção à COVID-19, 89,9% sentem segurança para a atuação do comércio, o que demonstra a preocupação com os cuidados estabelecidos pela OMS. Os comerciantes apontam encontros, reuniões informais e clandestinas (89,7%), transporte público lotado (82,4%), falta de cuidado das pessoas com os protocolos de saúde (72,2%) e aglomeração de pessoas em praças e locais públicos (71,7%) como as principais causas para o agravamento da pandemia. Quando convidados a apontar medidas eficazes que devem ser tomadas pelo poder público no combate à COVID-19, na única questão aberta, 37,5% está cobrando maior rigor na fiscalização no combate às aglomerações e a festas clandestinas, 23,6% cita a vacina, enquanto aumentar a disponibilidade de transporte público é lembrado por 7,3%.

Foram 505 respostas na pesquisa feita em formato on-line e disponibilizada por link para o comércio varejista não essencial, setor mais afetado com a vigência da bandeira preta.

 

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