Projeto Segunda Chance da Codeca amplia para 50 números de vagas para apenados

Detentos do semiaberto e aberto passarão por formação profissional e vão trabalhar na manutenção de prédios públicos

A Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca) ampliou para 50 o número de vagas disponíveis no convênio com a Superintendência do Serviços Penitenciários (Susepe) para oferecer oportunidade de trabalho aos presos dos regimes semiaberto e aberto. O incremento faz parte da nova etapa do projeto da companhia, o Segunda Chance, que além de empregar os apenados, garantirá formação profissional aos reeducandos com cursos técnicos e um contrato de trabalho de seis meses após o término do cumprimento da pena. Após a qualificação, eles serão responsáveis pela manutenção dos prédios públicos municipais.
O projeto Segunda Chance é uma iniciativa da Codeca, em parceria com a Comissão de Segurança Pública da Câmara de Vereadores, o Tribunal de Justiça, por meio da Vara Regional das Execuções Criminais, e Susepe. O programa ainda conta suporte didático e operacional do Sinduscon Caxias e apoio do banco Santander e Secretaria Municipal da Segurança e Proteção Social.
O anuncio da ampliação das vagas do Protocolo de Ações Conjuntas (PAC) entre Codeca e Estado ocorreu em cerimônia da manhã desta quarta-feira para marcar o início da fase 2 do projeto Segunda Chance. No encontro com os apenados que já trabalham na Codeca e integram a primeira turma do projeto também deu detalhes da parceria com o Sinduscon. A entidade que representa as empresas da construção civil será a responsável pelo treinamento dos detentos no primeiro curso de formação.

– Temos perspectivas de um ano promissor para construção civil em 2021 e temos uma carência grande de profissionais capacitados. Esse programa os habilita ao mercado de trabalho, afirmou Rodrigo Postiglione, presidente do Sinduscon.

Com Segunda Chance, de acordo com Luis Felipe Burtet, diretor administrativo da Codeca, para trabalhar na companhia, a partir de agora, os apenados terão que frequentar pelo menos um dos treinamentos para garantir a vaga na empresa.

– Desde o começo do ano articulávamos, especialmente com a Comissão de Segurança Pública da Câmara de Vereadores a ampliação do convênio com a Susepe e da utilização da mão de obra prisional. Agora, com a capacitação profissional do projeto, os apenados vão atuar na manutenção dos prédios públicos do município – comemora Burtet.

Ao final da pena, os apenados ainda terão a chance de ter validado um contrato de temporário de trabalho por um prazo determinado de seis meses para que ainda tenham o registro da experiência profissional da Carteira de Trabalho.

A titular da VEC Regional, Joseline Mirele Pinson de Vargas, uma das incentivadoras do projeto ressaltou a importância do trabalho da Codeca para oferecer uma oportunidade concreta de trabalho e ressocialização. O presidente da Codeca, Nestor Basso, fez um discurso emocionante e comoveu os presentes. O executivo, que tem na trajetória 37 anos como professor universitário, embargou a voz ao lembrar das dificuldades no início da vida estudantil e ressaltou a importância de nunca desistir de apostar na educação.

– Por mais dificuldades que possam aparecer na vida, estudem, se dediquem, aproveitem a oportunidade. Nunca desistam – sentenciou Basso.

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