Marcopolo e São Marino aceitam aderir a plano de demissão voluntária

Após finalizar o período de suspensão das demissões na Marcopolo S.A. e na San Marino Neobus, acordado em audiência na Justiça do Trabalho no dia 31 de agosto pelo período de 15 dias, o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região e os representantes das empresas voltaram a se reunir em audiência virtual, na manhã desta quarta-feira, 16 de setembro. A proposta da entidade metalúrgica acabou sendo aceita e um plano de demissão voluntária foi constituído.

“Se tiver que sair alguém que seja aquele que deseja, que quer sair. Nós lutamos pelo emprego de todos e todas. Nesses dias em que as demissões foram suspensas, alguns trabalhadores se manifestaram que tinham a intenção de sair, que tinham outros planos. Então, trabalhamos com essa alternativa. Não é momento de se fazer demissões, o momento é de proteger os empregos, de responsabilidade. Esse resultado é uma vitória, cada emprego que conseguimos assegurar é uma vitória”, considerou Assis Melo, presidente do Sindicato.

Demissão voluntária pode ser feita até dia 25

As empresas Marcopolo S.A. e San Marino Neobus vão receber as solicitações de desligamentos até o dia 25 de setembro. Alguns benefícios devem ser inseridos aos solicitantes, como extensão do plano de saúde e cesta básica. Conforme segue:

Trabalhadores ou trabalhadoras com salário até R$ 3.135,00: 8 meses de plano de saúde (titular e dependentes), 100% subsidiado pela empresa, e R$ 100 de vale rancho por 6 meses;

Trabalhadores ou trabalhadoras com salário de R$ 3.135,01 a R$ 5.000,00: 8 meses de plano de saúde (titular e dependentes), 100% subsidiado pela empresa;

Trabalhadores ou trabalhadoras com salário superior a R$ 5.000,01:  6 meses de plano de saúde (titular e dependentes), 100% subsidiado pela empresa.

Suspensão das demissões também foi pedido pelo Sindicato dos Trabalhadores

O período de suspensão das demissões foi solicitado pelo presidente Assis Melo, para que se buscasse alternativas e soluções para o grande número de demissões que estavam ocorrendo nas empresas. Essas demissões, iniciaram no dia 20 de agosto e se sucederam por dias.

Na audiência do dia 31, Assis Melo cobrou responsabilidade social das empresas, salientou sua preocupação com a questão do desemprego pós-pandemia e pediu que se construísse um pacto pelo emprego.

“Empresas como a Marcopolo recebem inúmeros incentivos governamentais para, justamente, manter os empregos. A Marcopolo recebe os incentivos e ainda demite. Onde está a responsabilidade social? Devemos buscar junto ao governo estadual, municipal e federal mecanismos para superar a pandemia do desemprego. Aqui nós fazemos um apelo porque a crise não será superada com o desemprego. Nós precisamos buscar alternativas, constituir um pacto pelo emprego. É preciso sairmos do velho normal que é deu crise-desemprega, deu retração econômica-desemprega, para ver que tipo de país e sociedade nós queremos”, salientou o presidente.

Debates

As duas audiências, realizadas virtualmente, foram mediadas pelo Juiz Marcelo Porto, diretor do Foro Trabalhista de Caxias do Sul, com participação da Juíza do Trabalho Ana Julia Fazenda Nunes e Denise Bampi.

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