Quando o assunto é atendimento a bebês e a crianças que apresentam atrasos em seu desenvolvimento é preciso pensar no todo e incluir, efetivamente, a família no processo. Nesse sentido, o tempo deve ser nosso aliado, tanto no que se refere à busca de auxílio assim que se detectam os primeiros sintomas, quanto à substituição dos momentos de inatividade por horas e até minutos úteis em favor do tratamento que visa dar à infância as suas melhores chances.

Com esse objetivo em mente, a sala de espera pode se transformar em uma Sala de Esperança, um espaço de assistência emocional a familiares que, muitas vezes, sentem-se sós, desamparados e sem o conhecimento necessário frente aos desafios diários de lidar com os atrasos no desenvolvimento infantil.

Com o auxílio de profissionais que usam o tempo e o espaço para ajudar as famílias, criam-se instantes lúdicos onde os pais e outros familiares conseguem refletir acerca do que se espera deles quanto ao suporte ao paciente, além da saudável troca de experiências entre pessoas que enfrentam desafios semelhantes. São dinâmicas leves, que geram reflexão a partir do cuidado e da delicadeza de abordagem. Elas têm o potencial para se transformar em circunstâncias apropriadas ao “respiro” e ao acolhimento.

O que a criança aprende na clínica precisa desenvolver ou replicar em casa. É dessa forma que se desenvolve o trabalho conjunto entre a equipe de fonoaudiólogas, psicólogas, atendentes e pedagogas e as famílias, que necessitam estar bem emocionalmente para ser uma força a mais a seguir com o tratamento. Por isso, na Sala de Esperança, os familiares que demonstrarem necessitar de apoio mais consistente são encaminhados para o atendimento individual e gratuito dentro da própria clínica.

A família se constitui em parte vital do tratamento. Precisa estar bem e equilibrada para fornecer atenção, tempo e cuidado às crianças, incluindo as tarefas de filhos ou netos em seu cotidiano. Entendemos que não é simples, mas imprescindível. E quando se trata de nossas crianças, todo tempo é precioso.

Divulgação Sabe Caxias: