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Artigo: A DEGLUTIÇÃO TAMBÉM ENVELHECE?

Aline Ferla

Doutora em Ciências Pneumológicas / UFRGS

Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana / UFSM

Especialista em Disfagia, Motricidade Orofacial e Fonoaudiologia Hospitalar / CFFa

Membro da European Society for Swallowing Disorders

Membro da Academia Brasileira de Disfagia

Membro da Equipe de Liderança do IDDSI no Brasil

CRFa 7-8239

O processo de envelhecimento é responsável por transformações neurofisiológicas, estruturais, funcionais e químicas no organismo, em especial quanto às funções orofaciais como fala, voz, mastigação e deglutição. Um em cada três idosos brasileiros apresenta algum grau de limitação funcional, segundo Análise da Fundação Oswaldo Cruz, baseada em dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013).

Presbifagia é o termo utilizado para caracterizar as modificações da deglutição durante o envelhecimento, deixando idosos propensos a desenvolverem distúrbios que podem levar a comorbidades como pneumonia aspirativa, desidratação, desnutrição e sarcopenia. As alterações podem ser caracterizadas por uma disfunção sensorial – afetando percepção, paladar e olfato – por perdas dentárias, pela diminuição da produção da saliva e pela redução do tônus muscular e do controle do movimento, prejudicando o processo de deglutição.

É importante considerar que o envelhecimento neurológico interfere no ato de engolir. Isso porque o planejamento e o controle motor dos órgãos e músculos responsáveis pela deglutição são realizados pelo cérebro, tronco encefálico e nervos cranianos. Deve-se lembrar que há uma grande relação entre a cognição e a deglutição. Déficits de atenção, memória e outras funções executivas centrais interferem na alimentação, prejudicando o reconhecimento dos alimentos, a coordenação dos movimentos e a segurança alimentar.

Sintomas como tosse e engasgos às refeições, escape de alimento pelas comissuras labiais, excesso de saliva na cavidade oral, inapetência, sensação de alimento parado na garganta, perda de peso, histórico de pneumonias de repetição e outros sinais sugestivos de complicações relacionadas à deglutição devem ser avaliados por fonoaudiólogo especialista em Disfagia, sobretudo na população idosa.

O envelhecimento saudável é desafiador e exige abordagem multidisciplinar de saúde. A manutenção da funcionalidade da deglutição, permitindo que idosos se alimentem com segurança e eficiência por via oral, é pilar essencial de uma boa qualidade de vida para esta população.

Divulgação Sabe Caxias:

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