Atualizar e corrigir as defasagens do sistema público de coleta de lixo de Caxias do Sul é uma urgência ambiental / Fotos: Miguel Brambilla / Sabe Caxias

Fazem muitos anos que Caxias do Sul conta com um projeto de separação e reciclagem de lixo, através dos containers plásticos, que normalmente só viram notícia quando incendiados por vândalos. Verde para o lixo orgânico, ou seja, para virar adubo pela compostagem, gás, etc e o amarelo para os produtos recicláveis como plástico, vidros e outros. A cidade já foi premiada por esta iniciativa necessária, justa.

A questão é que manter o sistema além de implantá-lo é um desafio cada vez maior, com a constante geração de lixo industrial e reciclável e a menor proporção de lixo orgânico. Pelo que se vê em uma superficial observação do sistema, os equipamentos verdes, que seriam para o orgânico estão normalmente cheios de lixo reciclável misturado o que portanto, compromete todo o processo.

Os equipamentos amarelos, de menor tamanho, apesar do trabalho dos recicladores e da Codeca em recolher regularmente, estão normalmente abarrotados, não fecham as tampas e quando venta, sacolas plásticas e outros produtos vão além das calçadas da própria circunferência de onde estão localizados e se espalham pelas ruas, indo claro, diretamente para os bueiros, para o ciclo das águas, entupimento de esgotos, poluição do solo, enchentes e assim por diante.

Claro que a comunidade precisa colaborar com o sistema. Não adianta separar o lixo em casa e misturar no sistema. Não há coleta limpa e correta que se sustente desta forma. Porém, é preciso observar a lógica dos tamanhos dos containers primeiro, tornado o amarelo para os produtos recicláveis ou retornáveis maior, e o verde, para os produtos orgânicos menor.

Caso isso não aconteça urgente, melhor nem dizer que Caxias do Sul está contando com um sistema público eficiente de reciclagem de lixo, por que não é a realidade que se encontra pelas ruas atendidas pelo sistema.

Quanto antes este problema for solucionado, mais rapidamente e urgentemente se minimizará uma parte da questão ambiental da cidade, que igual a todas as outras que crescem rápido como Caxias do Sul enfrentam. Se fosse com total eficiência, as consequências não estariam tão expostas nas catástrofes climáticas do ecossistema mundial, como se tem visto cotidianamente.

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