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O tempo, para os gregos, era dividido entre o tempo medido e o tempo sentido. O primeiro é contado pelas horas e dias, enquanto o segundo é a percepção subjetiva de como ele passa. Para as crianças, o tempo é algo mais nebuloso, sendo mais ligado à percepção do que à medição, por isso, elas sentem que o lazer e a atenção devem durar mais do que o indicado pelos relógios dos adultos.
À medida que crescemos, nossa percepção do tempo muda conforme vivemos mais e conforme a cultura em que estamos inseridos. No contexto atual, a tecnologia e a velocidade da informação nas redes sociais alteram ainda mais essa percepção. Vivemos numa correria constante, com a sensação de que nunca conseguimos dar conta de tudo. E as crianças, muitas vezes, precisam se adaptar ao nosso ritmo acelerado, sacrificando suas necessidades naturais para tentar acompanhar essa pressa.
Em muitos casos, acabamos fazendo por elas atividades que poderiam ser realizadas sozinhas, se houvesse tempo. Isso acontece porque a pressa nos impede de dar espaço ao pensamento e à reflexão, elementos essenciais para nossa humanidade. Quando negamos necessidades básicas, como descanso e convivência, criamos uma sociedade alienada, sempre correndo sem saber para onde vai.
É crucial parar e dar espaço ao “nada”, ao tédio, que é necessário para manter viva nossa sensibilidade. Em tempos de correria, devemos encontrar momentos para aquilo que realmente importa e ensinar às crianças que crescer é sinal de saúde, não de pressa. O tempo passa rápido e, no final, o que conta é a qualidade dos momentos vividos.
Divulgação Sabe Caxias: