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CIC Caxias e Sindicatos cobram reação do governo federal ao tarifaço dos EUA

Documento também foi enviado à Câmara e ao Senado
A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), em conjunto com os Sindicatos Econômicos vinculados à entidade, encaminhou nesta quarta-feira (23) uma correspondência ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre. O documento expressa preocupação com o aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras, previsto para entrar em vigor no dia 1º de agosto, e solicita medidas urgentes para evitar prejuízos à economia nacional.
No ofício, as entidades destacam que o Rio Grande do Sul está entre os estados mais afetados, com estimativas de perdas de R$ 1,9 bilhão no PIB e até 22 mil empregos comprometidos, conforme estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em Caxias do Sul, polo exportador da Serra Gaúcha, até um quarto das exportações pode ser impactado, afetando diretamente setores como metalmecânico, móveis, plásticos e equipamentos industriais.
“O cenário é crítico. E o silêncio institucional do governo federal, aliado à paralisia nas ações diplomáticas, compromete ainda mais as possibilidades de contenção do problema”, afirma o texto assinado pelo presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, e pelos presidentes das demais entidades empresariais.
A carta também faz um apelo para que os Poderes da República atuem com celeridade e alinhamento, priorizando a diplomacia técnica e livre de disputas político-partidárias. Como medida imediata, o setor empresarial defende a negociação com os EUA.
Leia a carta na íntegra:

Caxias do Sul, 23 de julho de 2025.

Exmo. Sr.
Geraldo Alckmin
Vice-Presidente da República do Brasil

Prezado Senhor

A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias),
entidade centenária que representa um dos maiores polos industriais do
Brasil, e os Sindicados Econômicos que subscrevem este manifesto
externam sua profunda preocupação com a escalada de tensões comerciais
entre Brasil e Estados Unidos, diante da previsão de aumento das tarifas
sobre exportações brasileiras a partir de 1o de agosto.
Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria, o Rio
Grande do Sul figura entre os estados mais penalizados, com perdas
potenciais estimadas em R$ 1,9 bilhão no PIB e cerca de 22 mil empregos
extintos. Esses números não são meras projeções, mas representam
impactos concretos sobre cadeias produtivas e vidas.
Em Caxias do Sul, onde o perfil exportador é estruturante e abrange setores
como metalmecânico, móveis, plásticos e equipamentos industriais, o
prejuízo pode atingir até um quarto das exportações locais. As
consequências são diretas: retração no nível de empregos, queda na
arrecadação pública, desestímulo a investimentos e enfraquecimento da
competitividade de empresas que há décadas contribuem para o saldo da
balança comercial brasileira.
O cenário é crítico. E o silêncio institucional do governo federal, aliado à
paralisia nas ações diplomáticas, compromete ainda mais as possibilidades
de contenção do problema. Disputas ideológicas têm desviado o foco da
política externa do Brasil, enquanto pontes comerciais estratégicas estão
sendo desfeitas diante de nossos olhos.
A CIC Caxias e os Sindicatos Econômicos conclamam o governo brasileiro a
assumir sua responsabilidade com firmeza e racionalidade. Da mesma
forma, apelam aos Poderes da República que, com serenidade e,
principalmente, celeridade, atuem alinhados na defesa dos interesses do

País. É urgente retomar a diplomacia com base em critérios técnicos, isenta
de disputas político-partidárias, e sustentada em argumentos econômicos
que demonstrem a relevância da parceria comercial com os Estados Unidos.
Como representantes legítimos do setor empresarial da Serra Gaúcha, não
podemos silenciar diante de tamanha ameaça. A história julgará os que se
omitirem.
O momento exige protagonismo das lideranças públicas e clareza na
condução das estratégias nacionais de comércio exterior. O mínimo que se
espera agora é que o País defenda os seus.

 

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