Empresas caxienses crescem durante a pandemia

Associados da Microempa, Dal Moro Eletro Eletrônica, Sul Torke e Latoya Brum, investem em soluções e conquistam mercado

Mais do que sobreviver, alguns negócios viram o momento econômico atual como uma oportunidade de se reinventar, lançar novos produtos visando o combate ao Covid-19 e uma forma de aumentar a sua presença no mercado. Esse é o caso de três associados da Microempa: as empresas Dal Moro Eletro Eletrônica, Sul Torke e da consultora de alimentos, Latoya Brum. Empreendedores que têm em comum cases de sucesso em meio à crise financeira e sanitária que afetou tanto os mercados globais, quanto os micro e pequenos negócios da região nordeste do Estado.

Em um momento onde grande parte das empresas atrasaram seus lançamentos, a Dal Moro Eletro Eletrônica foi no caminho inverso. Fabricante de ventiladores e climatizadores, a empresa caxiense lançou um Pulverizador de Torre, produto utilizado para a desinfecção de ambientes. Desenvolvido em tempo recorde, o produto adapta tecnologias já existentes para uma solução de baixo custo aos túneis de desinfecção utilizados em grandes cidades brasileiras e países como Turquia e China.

“No inicio de abril recebi uma matéria que falava sobre esse tipo de tecnologia, o túnel de desinfecção. Percebemos que poderíamos fazer algo semelhante e muito mais acessível para as empresas e prefeituras aqui da região. Em seguida, entramos em contato com a Anvisa para buscar informações e, posteriormente, a aprovação do produto”, conta o diretor da empresa, Pedro Dal Moro.

O pulverizador utiliza o hexametileno biguanida diluído em água, material aprovado pela Anvisa, eficaz contra vírus e bactérias e atóxico para uso com pessoas. O mesmo material é utilizado para a desinfecção de ambientes em indústrias de alimentos e bebidas. Por ser móvel, pode ser instalado facilmente em locais com grande circulação de pessoas como lojas, restaurantes, indústrias e órgãos públicos, e também em espaços para descontaminação ao ar livre.

 

#RestauranteSeguro

Com a pandemia do novo coronavírus, a consultora de Alimentos, Latoya Brum e a sua sócia, Katherine Manetti, perceberam uma preocupação crescente em relação a segurança dos alimentos, tanto do mercado de food service, quanto do público consumidor. Após realizar uma pesquisa onde 98% dos consumidores afirmaram que se sentiriam mais seguros se soubessem que o estabelecimento está cumprindo as medidas para evitar contaminação, elas criaram um selo para tornar essas informações mais claras ao público.

O programa #RestauranteSeguro confere um selo que demonstra que a equipe do estabelecimento foi capacitada em relação às diretrizes sanitárias, bem como se o local foi vistoriado por um técnico especializado e que os produtos entregues por delivery chegarão até os consumidores dentro de todos os padrões de segurança alimentar.

“Antes de receber o selo, o restaurante passa por uma capacitação completa de toda a equipe. Além disso, também é entregue um checklist rígido de controle de não conformidades e são desenvolvidos planos de ação para garantir que a empresa está seguindo as normas de segurança sanitárias”, explica Latoya.

Em duas semanas de programa, mais de 30 empresas já estampam o selo em seus produtos ou estão realizando adequações para receber. Além de restaurantes, o programa já atende outros estabelecimentos e confere os selos de qualidade #ProduçãoSegura (para indústrias), #AçougueSeguro e #PadariaSegura.

Conheça o programa SABE CAXIAS by BITCOM:

Segue o link:

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Acréscimo de 60% no faturamento estimado

Alguns dos reflexos da pandemia de Covid-19 foram a queda nas importações e também o aumento do dólar, questões que levaram muitas empresas a procurar soluções e insumos no mercado interno. De olho nesse movimento, a empresa caxiense Sul Tork aproveitou o momento para lançar novas soluções no segmento de válvulas industriais e já registra um crescimento de 50% em relação ao mesmo período de 2019.

Conforme o diretor da empresa, Eduardo Bressan, o lançamento de novos produtos (redutoras e atuadores pneumáticos/hidráulicos) vêm para atender a demanda crescente do mercado nacional, já que a logística de importação desses materiais ficou muito cara e inviável com a pandemia.

“Em nossas pesquisas de mercado, percebemos que neste momento conseguimos produzir o mesmo produto com um custo entre 20% e 25% menor do que o produto importado de países como a China, por exemplo”, explica Bressan.

Competitividade que já se reverte no “melhor período da empresa dos últimos seis anos”, segundo o empresário, com uma previsão de acréscimo de 60% no faturamento estimado para 2020.