Onze artistas e todo o Brasil estarão em Caxias para Mostra Artística e Residência receberá seis criadores para imersão em zona rural

Depois de um processo seletivo que recebeu 517 inscrições de todo o Brasil, o projeto Rede Corposições anunciou, no último domingo, os artistas que estarão em Caxias para uma Mostra Artística. A proposta inicial era a seleção de quatro inscritos. Mas devido à grande procura, os idealizadores da proposta decidiram ampliar para seis artistas que participarão da Mostra Artística e Residência, que será realizada na Zona Rural, no espaço Jardim, Jardim. Além deles, outros cinco artistas estarão na cidade para participar só da Mostra Artística. A programação será realizada entre 28 de novembro e 6 de dezembro.  A iniciativa é realizada com recursos da Lei Aldir Blanc – Editais SEDAC PNAB RS – 26-33/2024.

A Mostra Artística, que abre as atividades do projeto, receberá os artistas Teresa Maria Siewerdt, de Santa Catarina, com “Jardim de Passagem”; Renan Marcondes Cevales, de São Paulo, com o trabalho “Composições de Espera”; Lucas Juliano Pereira Correa, que vive entre o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, com o “Quanto Pesa o Invisível?”; Cláudia Góes Müller, de Minas Gerais, com “Dança Contemporânea em Domicílio”; Aun Helden, de São Paulo, com “Réquiem”; Jéssica Crus Ferreira, do Ceará, com “Semeadouro”; Maria Emília da Cruz Gomes, de Minas Gerais, com “Eco, Oco, Preso no Peito”, Laura Samy, do Rio de Janeiro, com “Dança Macabra”; Mauricio Flórez, que vive entre a Colômbia e São Paulo, com “Bolero”; Rebeca Tadiello Pinho, de São Paulo, com “Estudos Sobre Mover”; e Isabela Sá Roriz, RJ, com “Bichos Tubulares, Mares Internos”. Para a Residência Artística no espaço Jardim, Jardim, os nomes escolhidos foram Teresa Maria Siewerdt, Renan Marcondes Cevales, Lucas Juliano Pereira Corrêa, Claudia Góes Müller e Aun Helden.

A convocatória para artistas ou grupos de dança, performance e/ou artes integradas para participar da programação da 1ª Edição da Rede Corposições nasceu do desejo de incentivar deslocamentos espaço-temporais como gesto micropolítico e social de produção artística. Sua proposta se ancora na ideia de experimentar e investigar a arte em residência, entendendo que a descentralização é condição potente para reimaginar processos de criação, circulaç&a tilde;o e convivência.

A Mostra tem como proposta apresentação de trabalhos que se incluem na temática da Rede e que permite a troca entre os artistas ou grupos; entre os artistas e o público; e  entre todas as pessoas envolvidas e interessadas na proposta. A Residência parte da hipótese de que o afastamento da cidade pelos artistas ou grupos e artistas da Rede — em direção à natureza, ao silêncio e a outras temporalidades — pode abrir frestas para reconfigurar o próprio ato de criar. O projeto busca proporcionar um ambiente d e compartilhamento, experimentação e intercâmbio por meio de encontros, laboratórios, debates e mostras, integrando artistas locais e nacionais.

A seleção contemplou ações afirmativas,  atenta a candidaturas de mulheres, pessoas LGBTQIAP+, pessoas com mais de 50 anos, pessoas negras e indígenas. O projeto tem coordenação das artistas locais Gislaine Sacchet, Sigrid Nora e Cristina Lisot e do jornalista Carlinhos Santos.

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