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Costumo escrever sob o ponto de vista de minhas próprias experiências, conclusões e
reflexões filosóficas, muitas delas empíricas. Não se trata de uma pretensão qualquer, mas
da certeza de que a vida interior que sussurra em nossas mentes alguma coisa, sempre para
alguém pode ser útil e se temos vida, pensamentos e possibilidades matemáticas de
reflexões filosóficas, naturalmente temos criatividade e valores possíveis de serem
compartilhados.
Toda ideia tem valor. Nem tudo vira produto. Nem tudo é para o sistema de inovações
tecnológicas. Nem tudo é para servir ao utilitarismo imediatista do agora, que exaure com
a pressa dos que morrem, as forças vitais do planeta em busca de riquezas ainda inexatas
na lógica da justiça do merecimento, do verdadeiro valor da conquista.
No jogo dos mercados e mercadorias, ainda não temos respostas para o tempo. A
consciência que não pode ser monástica, é contraditória. Em minha mesa, dois títulos me
lembram as minhas próprias contradições: “Sinal de contradição” por Karol Wojtyla, o Papa
João Paulo II e “A Grande Controvérsia” , uma biografia sobre Martinho Lutero por Ellen
White, na mesma fila de leitura de “Nietzsche para estressados” de Allan Percy e “Análise
da Inteligência de Jesus Cristo” de Augusto Cury, que ganhei da minha mãe de aniversário.
Não é a fé ou a falta dela que me conflitua, me faz contraditório e tentar compreender. É a
vida. A filosofia. A consciência da vida. Creio na sabedoria do tempo, por que
empiricamente ou não, nele vi a sabedoria de Deus, não dos homens. Albert Eistein
respeitava Deus. Imaginava o mecanismo da Obra Divina, tentava descifrá-lo, vibrava
quando conseguia. “Eistein, Sua vida, Seu Universo” de Walter Isaacson, é uma obra
recomendável para melhorar a compreensão de um gênio humano.
Mas e depois, o que virá? Existem muitas contradições no ser humano entre sua sombra
interior e o polir do diamante íntimo da nobreza divina que nos mantém conscientes. É
impossível crer que uma vida monástica de valores culturais ou religiosos impostos possam
acelerar algum tipo de compreensão da luz que guia a consciência e a vida para sua origem.
Nem mesmo a dor, parece ser uma ferramenta saudável, mas talvez em última instância no
mecanismo da vida, tenha sua função vital para o processo evolutivo das sociedades.
O oceano de pessoas é muito grande, considerando apenas o planeta Terra. Trabalhar pelo
progresso da sociedade, manter a esperança, crer na transformação sem ser apenas um
idealista sonhador ou um utópico romântico do mundo ideal, parece bem pouco para a
pequenez filosófica do momento.
Nas melhores escolas, educa-se apenas para o pódio social e para o desfrute do tempo
após as conquistas derivadas da disputa, da concorrência desleal, e depois,
perdulariamente, deixa-se escorrer entre dutos de paredes gosmentas muitas vezes,
preciosas horas no delírio das futilidades. Enquanto se age e se finge entre as máscaras
públicas da “social felicidade”, vive-se a “ansiosa angústia” gerada por emoções internas
inflamadas e por desenfreadas e irresponsáveis paixões, apartadas da ética e do respeito
ao que é realmente essencial.
Então não compreendemos o tempo. Sem poder morrer por nenhum tipo de ideologia ou
valor maior, o grande e misterioso “senhor de tudo”, no relativo das horas ou no absoluto
da dor É cronológico, psicológico, inexato ou prático, ou só o tempo. Tempo do tédio, do
assédio, do remédio, do critério, da ética ou do mistério. tempo até de necrotério. Vamos
surgindo e desaparecendo, num roteiro de nascimentos, entre o seio da mãe e o mortuário
travesseiro, no mausoléu soberbo e assombrento, na cova rasa de um aterro, no gelo.
Tempo de fantasmas e desespero. Tornou-se lógico esquecê-lo, não vê-lo.
Não compreendemos o tempo. E enquanto continuarmos observando como Dorian Gray, a
persona pública de nossos atos envelhecendo nossos retratos, viveremos como o clássico
personagem, o tempo do medo.
Sim, sou contraditório, instintivo, lascivo, libidinoso, sensual, obsceno. Sou bondoso as
vezes e menos lento, mas ao mesmo tempo marrento. Sou grande, sou pequeno, porém eu
creio. Mesmo que por hora não veja por inteiro. Que me veja no velho mosteiro, como o de
Umberto Eco no “Nome da Rosa”, também sou hipócrita, mas não alcoviteiro. Sigo sem
resposta, nem verdade absoluta, para qualquer tempo. Vivendo, confiando e aprendendo
que na humildade da “Causa-Origem”, no Panteão do Segredo, o verdadeiro conselho.
“Tudo tem o seu TEMPO”… no ETERNO E NO PERFEITO. 12/04/2025
Divulgação Sabe Caxias: